terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

a morte,

Entrei na sala, onde se encontrava a minha avó a olhar pela janela com um olhar pensativo.

"Estás a pensar em quê, avó?"

Ela estava tão distante que nem me ouviu. Nem se quer se mexeu quando a minha voz bruta quebrou o silêncio melancólico que preenchia a sala.

"Avó?"

Ela dá um salto e vira-se para mim com cara de espanto.

"Ah, desculpa não te vi. Diz filha, diz."

Eu sorri. Sempre gostei quando ela me tratasse por 'filha'. Pois, tinha um sentido especial. Ela criou-me desde pequena e conhece todo o meu ser de cor, cada célula que me constitui. O meu pai trata-me por filha e a minha mãe também. Pois, são os meus pais e eu sou filha deles. Chamam-me por tal apenas porque sou o resultado da junção dos seus cromossomas. A única digna de me tratar por filha é a minha avó.

"Estavas a pensar em quê?"

Ela desvia o olhar para a janela, onde se encontrava anteriormente.

"Na morte."

"Na morte, avó?"

"Sabes filha, já não sou nova. Tenho mais de 70 anos. Eu penso na morte porque eu sinto-a. Sinto a sua presença espalhada por esta casa. Ás vezes, quando sinto uma dor, por mais pequenina que ela seja, fico com medo. Começo a pensar que já é a minha vez. Nunca sabemos quando é que vamos morrer. Pode ser hoje, amanhã, daqui a duas semanas. Até pode ser daqui a 10 minutos. Como eu sei que o meu tempo está a aproximar-se mas não sei quando precisamente, penso na morte. Penso naquilo que mais me persegue."

Foram estas as palavras que deixaram-me estupefacta. Olhei para a minha avó e pela primeira vez vi uma senhora de 70 anos. Pela primeira vez vi as suas rugas, os seus cabelos brancos e o seu ar cansado. Foi aí que apercebi-me verdadeiramente que a sua morte estava a aproximar-se. Assustei-me. Sempre que olhara para a minha avó, via uma mulher cheia de força, de poder. Bem, sempre vi uma Super Mulher. Já pensei para mim milhares de vezes: "Ela está a ficar mais idosa. Um dia destes... vai morrer." Não quero parecer insensível mas quando pensava assim, não me perturbava muito porque eu já pensava assim desde os 10 anos e a minha mente foi aceitando... Mas hoje perturbou e bastante. Tentei imaginar a minha avó numa caixão. Imóvel, calma, calada... morta. Não consegui. Lágrimas caíram dos meus olhos e revoltada e confusa, fui para o meu quarto.

Não consigo entender. Todos os dias olhamos para pessoas idosas desconhecidas e aceitamos o facto da sua morte estar por perto. Mas quando olhamos para alguém conhecido, para alguém que nós amamos... não conseguimos aceitar. Porquê? Porque é que perturba-nos assim tanto? Estive a pensar o dia todo nisso e nem estou perto de uma resposta. Só sei que agora acho que nunca estive com mais medo de perder alguém.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

green eyes

"Honey you are a rock, upon which I stand. And I come here to talk, I hope you understand. The green eyes, yeah the spotlight, shines upon you. And how could anybody deny you? I came here with a load and it feels so much lighter now I've met you. And honey you should know that I could never go on without you."


Posso passar altas vergonhas à tua frente e não gozas comigo. Depois de dizer "temos mesmo que ir embora", demoramos uns bons 5 minutos a despedir-nos. 40 minutos contigo parecem ser 5. Continuas a achar-me linda mesmo que esteja equipada, com o cabelo amarrado. Fazes-me rir não porque dizes coisas parvas, mas porque tens mesmo piada. Enquanto outros rapazes apalpam cús, tu apalpas-me as costas. Ligas-me todos os dias e lembras-me que gostas de mim e de estar comigo. Fazes-me sentir bem. Obrigada.
Gosto de ti meu Babana. :$

domingo, 7 de fevereiro de 2010

"eu gosto de tremoços!"


Nem acredito que já tens 14 anos. Parece que foi só na semana passada que tinhas o teu casaco cor-de-rosa vestido e estavas a esconder-te atrás do teu pai. Cresceste tanto passados estes 5 anos, não só em altura mas também como pessoa. Estás mais madura, mais inteligente e mais forte. Apesar de ser dois anos mais velha que tu, sempre conseguiste entender-me e ajudar-me com os meus problemas. Passei estes 5 anos a ver-te crescer, a ver a tua transformação de rapariga para mulher e digo-te já, não me arrependo de nem um minuto que passei ao teu lado. Já passaste por muita coisa que uma rapariga como tu não deveria passar mas conseguiste ultrapassar tudo. Tens tanta coragem e força, e é por isso que orgulho-me de ti. És a minha prima, a minha baterista preferida, a minha melhor amiga e a minha irmã! Espero que posso ver-te crescer durante a tua vida TODA! <3

Gabriela Da Silva Oliveira, PARABUENOS 8D. Amo-te TANTO <3

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

i have no clue.

jkdhfkshguiehubvnxcvnpso.

E é este o sentimento do dia.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Não percebo.

Nós seres humanos nunca estamos contentes com aquilo que temos. Admito, alguns sim mas a maioria não. Queremos sempre mais e melhor. Desvalorizamos sempre aquilo que é mais valioso e subvalorizamos aquilo que é menos. Reconhecemos e apontamos sempre os defeitos de algo, mas quando a perfeição (ou perto disso) é nos oferecido numa bandeja, não a sabemos reconhecer. Eu acho isto um grande defeito dos seres humanos, têm demasiada ignorância.

Não tens mesmo a noção daquilo de que te estás a abdicar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

it's you.

Aconteceu há dois anos e a dor continua a ser forte. Lembro-me de cada palavra que trocamos, lembro-me como me sentia. Parecia que o mundo caiu aos meus pés, não conseguia falar... só chorar. Não sabia o que fazer, mal conseguia respirar. Os abraços e as palavras só faziam pior. Não queria comer nem beber, só chorar. Porque foi a única maneira que conseguia lidar com o que aconteceu. Lidar como quem diz, nunca consegui lidar nem ultrapassar o que aconteceu.
Já não sinto nada por ti há bastante tempo mas... deixaste uma marca e duvido que alguma vez vou conseguir ultrapassar isto.


Os dias da Padroeira são uma merda.